A festeira mana Rita, que dá uma boiada pra entrar numa boa festa e duas pra não sair, principamente se o marido Jorginho também estiver bebendo umas “cervas”, combinou durante a “bebelança”de Natal, r fazer uma peixada, comunitária gritou alguém. Idéia aprovada com euforia e no domingo, 28, na hora marcada entre elas, foram surgindo tainhas, linguados, garoupa, camarão sim senhor (apesar do preço, “pela hora da morte” costumava dizer a minha mãe Adelina). Preparar os bichos, não foi problema: as manas, TODAS, herdaram da mãe os segredos da arte culinária. Pra quem gosta de frutos do mar...um prato cheio. Eu, a-do-ro. A começar pela “sereia”.
Mas a presença do Marinho e da esposa Bilica, me trouxe gratas recordações, do tempo do Baeta,
como essa, do tempo em que ele era Sargento/PM, hoje é Tenente responsável pelo destacamento Policial Militar de Pescaria Brava:
Nas décadas de 80, 90 surgiram vários times de futebol de veteranos com idade mínima de 40 anos. No inicio todos respeitavam esse limite até que, para deixar os times mais fortes começaram a admitir “jovens” até que a febre foi se esvaindo...até a completa extinção de todos. Os que duraram mais tempo foram o Baeta Futebol Laser, Gaiolão, 26 de Julho, Stravaganza da Polícia Militar, Real, Galo Velho da Barra . Eu era do Baeta, cuja fundação e escolha do nome deve-se a Osmar Silva, um marinheiro, já aposentado, muito ativo, e que encontrou assim uma forma de homenagear o Paulinho Baeta, seu grande e coincidentemente, meu pai. O Baeta existiu por aproximadamente 15 anos. Foi mais de uma década de incontáveis porrões (na época eu bebia, e bem, como todos os jogadores, comissão técnica, diretoria, torcida.......enfim...como diria o lageano: ERA UM BEBER CONTÍNUO E DESIGUAL. Os jogos eram sempre disputados nos sábados à tarde e nas voltas dos prélios tinha ainda (só para os fortes) o ....e o Ferro Velho (onde sempre era possível encontrar uma pecinha em bom estado de conservação). Aí já era prá matar né....Imaginem as estórias vividas nestes 15 anos, todo sábado.....O Baeta era famoso não por ser um timaço, tínhamos jogadores que se sobressaíam no trato com com a bola, como o Juarez Fortes, um bancário (Besc) de mais de cinquenta anos, que quando iniciamos as conversações, estava se aposentando do Besc de Imbituba e vindo morar em Laguna. Juarez não só achou a ideia fantástica, como agilizou a vinda definitiva pra nossa cidade trazendo toda a família, inclusive a filha Janaína, que nas festas do Baeta conheceu meu filho Anderson, casaram-se e são felizes para sempre, rogo a Deus. Mas de todas uma passagem vivida por nós, não me sai da cabeça. Nosso time era famoso pela “derrubada” de cerveja que fazíamos após os jogos. Fomos jogar em Laranjeiras. Depois do jogo, reunimo-nos com o time deles e era só festa. Todos notaram que uma garota, lindíssima, não tirava os olhos do Marinho, Sargento da Polícia Militar, como ela, muito novo, mas já casado e respeitador. Mas Marinho era um cara bonitão e talvez o único que não era “barrigudo”. A “bandeira” da garota era tanta que Marinho ficou constrangido. Os caras de lá começaram a pegar no pé do pai da
garota, um cara feio pra caramba mas muito divertido: Ê fulano, é hoje que o Sargento vai levar a tua filha pra Laguna....E ele, já possuído pela montoeira de cervejas ingerida:
“Qué saber de uma coisa....Pois que leve....Carne que eu não como, “aribú” que coma”
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