sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ME DÁ A MINHA PERNA

Todo lagunense principalmente os “mais vividos” se lembra do Rio Branco. Um hotel do tipo popular, bem no centro da cidade, e que já nos últimos anos de existência, servia para encontros amorosos “enrustidos”. Neste tipo de clientela estava um amigo nosso, hoje casado e avô. Nosso amigo costumava levar para passar as tardes no bem-bom, garotas de programa dos tempos em que não se falava ainda em Aids. Pagava bem suas acompanhantes. Sua faminha de bom pagador corria de boca em boca na mulherada que fazia da “Rua da Praia”, como era conhecida a Rua Gustavo Richard, seu “local de trabalho”. Era, porisso mesmo, “famoso”, apesar de não ser boa pinta, nem ter uma cara bonita, muito pelo contrário. E pra piorar perdera uma das pernas num acidente. Pois bem, o cara levou uma garota pro abatedouro, como costumava dizer e não sei porque cargas d’água resolveu se portar diferente do que estava acostumado: não pagar à garota pelos “serviços prestados”. Apesar da “choradeira” dela de que tinha que comprar o leite para o filhinho...patati...patatá; ele de braços cruzados atrás da cabeça e soltando baforadas de um “Minister”, disse calma e pausadamente: Pagar??? Eu??? E se achando um Alain Delon, que era o modelo de homem bonito da época:

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