terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O JAPONÊS MARUCO

Essa semana vi pela televisão um jogo em Itajaí. Lembrei de uma cena engraçada acontecida num Jogos Abertos de um ano que não lembro, acontecido naquela cidade portuária. Era um jogo que valia a classificação para disputar a final. Lages tinha uma máquina de jogar futsal, com uma seleção formada pelos jogadores do Hélio Moritz dos craques Oneda e Toni e o Caça e Tiro de Edson e Schappo,os dois melhores times de futsal que vi jogar. A TV Planalto, onde eu trabalhava, transmitiu direto o jogo para a região serrana. O Ginásio de Esportes de Itajaí completamente lotado. A diferença técnica era flagrante. Lages “cozinhava o galo”tipo “quando quiser eu ganho o jogo”.
E terminou o 1° tempo e nada de Lages marcar. Começou o 2° tempo e Schappo, o jogador que fazia a diferença, sofreu uma entrada violenta de um itajaense e foi retirado da quadra de maca. Bateu o desespero na comissão técnica lageana. Sem Schappo, a classificação, antes certa, estava irremediavelmente ameaçada.
“Chama o Suzuki!!”, o japonês que fazia milagres nas massagens. O Suzuki era um japonês da gema, que ao contrário dos de sua raça, era alto e entroncado. Pois Suzuki chegou, deu uma olhada de soslaio no contundido, apalpou com conhecimento e com o Schappo ainda na maca, deitadão, colocou-o de bruços, montou nele, fez o movimento tradicional de karatê com as mãos e soltou a voz: “iiiiiááááá”ao mesmo tempo em que, com um “draps”, punha a coluna do Schappo no lugar. Depois, como um gato, Suzuki “apeou” de cima do Schappo e ordenou:”Pode corocar ele pra jogar”. Schappo, aos berros, foi levado direto pro hospital, onde um raio-x atestou “deslocamento da coluna”. Pelo tratamento que o japonês dava aos contundidos no futebol, igual aos lutadores de sumô, Suzuki foi demitido quando a seleção de futsal, candidatíssima ao ouro dos JASC, foi desclassificada nas quartas de final, num jogo em que perdeu seu principal jogador pros métodos ajaponesados mas abrutalhados do Suzuki.

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