segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

CAIU DA BALSA

Um caminhão, contratado pela empresa Setep – responsável pela pavimentação da SC100, que liga a balsa ao Farol de Santa Marta e Jaguaruna, carregado de brita, teve um final inusitado na manhã deste sábado (02/02). Por volta de 09h30min, ao tentar subir na plataforma da balsa, freou, por varias vezes,... de forma brusca, provocando o arrebentamento dos cabos de aço que fazem as amarras da balsa no momento em que ela está sendo carregada por automóveis, ônibus, caminhões e passageiros. Com os cabos arrebentados, a balsa foi empurrada para dentro do mar e o caminhão deslizou, também, para dentro d´água. Felizmente houve apenas danos de pequenas proporções. Um guincho, um trator e um bote trabalharam para descarregar o caminhão, tornando-o mais leve para posterior retirada do mar. Por sorte, o local para onde deslizou era baixo e não ficou submerso. No momento em que parte afundava o motorista, tranquilo, permanecia sentado em sua poltrona, e saiu em seguida sem nenhum ferimento. De acordo com o diretor proprietário da Balsa senhor Doralino Brustolon, nos últimos 34 anos em que opera com sua empresa naquele local, nunca houve incidente semelhante. “Foi uma fatalidade do destino e descuido do motorista”, concluiu Brustolon. Há muitos anos, aconteceu fato semelhante, muito repercutido por aqui, por envolver uma família de lagunenses. Foi assim: existia a Passagem do Rio D’Una na divisa entre Imaruí e Imbituba (até hoje não sei ao certo a quem pertence) mas para ir até a remota localidade (eu ia todo ano, nas férias escolares, pois lá moravam meus avós maternos, e eu podia pescar jundiá nas cachoeiras e riachos e ao meio-dia comer uma galinha caipira, ensopada, feita pela vó Maria (nesse prato,minha avó era imbatível) numa panela de barro, cozida num fogão a lenha...hum...) tinha-se que passar sobre o Rio D’Una numa balsa toscamente movida no braço. Na Roseta, morava – era meu vizinho – seu Irenio, que tinha um bar na antiga rodoviária (defronte a Casa São Paulo). A família do seu Irenio morava”praquelas bandas” e num certodomingo, colocou a família no carro e saiu para visitar os pais. Chegou no Rio D’Una, pôs o carro sobre a balsa, desceu, pra esticar as pernas e conversar com os balseiros, seus velhos conhecidos. Antes que fossem colocados os sepos de pau nos pneus do carro, como era costume, o veículo começou a andar. Seu Idenio ficou desesperado, com a mulher e filhos dentro do carro. Tentou em vão, segurá-lo pelo pára-choque, com a ajuda dos balseiros, mas o carro foi para o fundo do rio levando toda a família do seu Irenio. Hoje, existe uma ponte de concreto exatamente no local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário