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● Com essa idade toda, fui, pela primeira vez na vida a um lugar bem perto da gente, lindo, aconchegante e a pedida pra um “passeio família”. Convidado pelo meu filho Piero, fomos, eu e a patroa, acompanhar jovens casais a conhecer algumas pousadas na região de Vargem do Cedro, uma terra colonizada por alemães e de onde vieram todos os nossos “Fritz”, como os Feuser, Preuss, Schmidt.

● Chegamos na pousada Recanto da Natureza por volta de 17 horas de sábado, e fomos recepcionados pelos proprietários, um atencioso e simpático casal de alemães, que nos deu as boas vindas e fomos acomodados, eu e a Rute, Rincón e Grazy, Robson e Juliana, Piero e e Andrezza, cada casal no apartamento com TV (lá, tevê só pega com antena parabólica e celular...nem pensar).

● Depois de devidamente instalados, os rapazes foram pra uma roda de samba, num dos quiosques da pousada e puseram uma carninha pra rolar na churrasqueira, enquanto as mulheres se atracavam numa disputada canastra, nós ouvíamos sambinhas escolhidos a dedo e nos intervalos éramos brindados pelas gozadíssimas piadas contadas pelo Rincón (ele contou uma do “abastecendo”, que só de me lembrar, até hoje, dou belas e fiasquentas gargalhadas).

● As 9 fomos jantar no bem preparado restaurante e depois pra recepção da pousada, onde nos esperava uma lareira quentinha, cafezinho e pro Rincon, pra rebater, biscoitinhos amanteigados, feitos em casa, tudo de acordo com a conhecida e elogiada tradição germânica de bem atender. Aí o Rincón provocou gargalhada coletiva ao perguntar pro velho alemão se tinha telefone e diante da resposta positiva, disse que queria ligar para o Criança Esperança e doar logo 30 pilas. Depois, todo mundo pras caminhas até as 10 horas da manhã de domingo, quando um revigorante e farto café colonial nos esperava. Não precisa enumerar o que nos foi servido né? Mas o fato é que ao meio-dia ninguém queria almoçar.

● Ninguém uma ova. O Rincón já ao meio-dia, depois de uma cavalgada básica, disse que estava sentindo uma “gastura” e foi dele a idéia de fazer “um churrasquinho”. E de novo roda de samba, agora com um público diferente, que veio almoçar no restaurante. As 4, com o Robson agoniado com o seu Flamengo (mal sabia ele que o Fla seria destroçado pelo Avaí) demos um “Auf Wiedersehen” aos nossos amáveis anfitriões e nos despedimos, com uma passada, obrigatória, na Fluss Haus, em Vargem do Cedro, onde uma bandeira alemã ao lado de uma do Brasil, dá uma idéia ao visitante do que o espera.


● Após as patroas Rute e Grazy abastecerem-se dos imbatíveis biscoitinhos amanteigados trazidos pros filhos que não foram (o velho coração de mãe), pé na estrada de volta a nossa cidade com o coração pedindo bis.