sábado, 23 de janeiro de 2010

UM DIA 5 ESTRELAS NA VIDA DE UM POBRE

► O Swing Atrevido, grupo que tem a melhor percussão já vista em Laguna, foi contratado para uma apresentação na 5ª feira (28) no Laguna Tourist Hotel, numa festa de confraternização dos funcionários (graduados, claro) da Nestlé. Aí lembrei que quando eu tocava lá, no início da década de 90, certo dia,tocamos para um pessoal de São Paulo, parece-me que também da Nestlé, era nessa época do ano e num sábado. Após e durante a apresentação, quando procurei cantar todas as músicas do Adoniram Barbosa (que paulista venera), os caras, muito legais mesmo, nos ofereciam cerveja e eu, claro, aceitava. Mesmo porque era o único que bebia bebida de álcool, fui ficando “alegre“ e acabei ficando por lá mesmo, enturmado com os hóspedes. Minha turma era eu, Bizorro, Nereu mecânico ou Nereu do cavaco, um dos melhores cavaquinistas que já vi em toda minha vida, Santos Camilo, Sansão e Anderson. Não vim embora com a turma. Fui ficando, ficando....e como não ia ficar bebendo às custas dos hóspedes, acabei me metendo num “fiado“ com funestas conseqüências, que vocês poderão conferir mais adiante.O ”cachê“ era pago sempre depois. E o Grilo (maitre): André, podes pedir o que quiseres, eu vou anotando e depois descontamos do cachê. Pronto, estava assinado meu Atestado de Óbito. A cerveja que os hóspedes tomavam, era da mais cara: Budweiser, Bohemia...claro eram altos executivos da multinacional Nestlé, de paladar fino, acostumados a receber seus estratosféricos salários em dólar. E eu, já com umas três na cabeça, me sentia um igual. “Brahma, Skol?? “ credo, dá uma dor de cabeça....Vim embora quando não havia mais ninguém na piscina, onde a tragédia aconteceu, e já era noite fechada. Na 2ª feira, fui “receber o cachê” e quando me apresentaram a conta quase tive o 1° enfarte (que acabou acontecendo alguns anos mais tarde): a conta da minha “aventura” pelo mundo dos ricos, ao qual não estava acostumado, somava alguns “pilas” a mais do total do “cachê”. O gerente, sentindo o meu desespero, para eu não ter que desembolsar ainda mais dinheiro, quitou tudo numa boa. O cachê da turma fui quitando um por mês, nos seis meses subseqüentes. Estou vivo para lhes contar essa história, porque além de verdadeiros amigos, um era até o meu filho, ninguém vivia da música, tinham seus empregos e tocavam por prazer. Senão.....

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