« Essa semana que passou a Globo mostrou no programa Globo Mar, uma viagem no navio Cisne Branco (foto), um veleiro que é réplica dos usados no século XIX, e mandado construir em 1998, na Holanda, para comemorar em 2000, os 500 anos do Descobrimento do Brasil. Mostrou os marinheiros subindo nos mastros (mais de 40 metros). Terminou o programa e eu estava com as mãos completamente encharcadas . Aí lembrei da minha acrofobia (que se manifestou com a chegada da 3ª idade rsrsrs)
quase tornada público contra a minha vontade. Foi assim: Eu ainda estava na ativa e aconteceria em Torres (RS) o Encontro Anual das Polícias Civil Catarinense e Gaúcha, como todo ano acontece em cidades diferentes nos dois Estados vizinhos. Tais encontros tem por finalidade estreitar os laços de amizade, além da troca de conhecimentos na luta contra o crime (Laguna já sediou um desses encontros). Pois bem, alugamos um ônibus e sábado de manhã bem cedinho partimos em direção aos pampas, precisamente Torres. O domingo pela manhã era reservado para passeio, conhecer a cidade etc e tal. Fomos conhecer um local onde existe um farol juntinho ao mar. Um morrão...mas o ônibus ia até quase lá em cima, o que amenizava, em parte,o sacrifício e o ônibus nos esperaria, pra volta, do outro lado do morrão(???) Após caminharmos um tempão, chegamos ao final do morrão e para descer existia apenas uma enorme escada entalhada no morro,
SEM CORRIMÃO (se tivesse já seria arriscado,imagina sem...)Mas nem morto eu desceria por “aquilo”. E comecei, a princípio disfarçadamente, a procurar uma descida alternativa. Depois de algumas horas de aflição, agravada pelo fato de ter avistado a turma já lá em baixo - me pareceu à distância - num clube, na maior festa, finalmente achei um meio de descer sem passar pelo vexame de ter ficado com medo de descer pela escada, quando até as mulheres encararam o desafio. Mas o caminho era infestado de espinhos, especialmente um que aqui chamamos chupe-chupe e que dá umas folhas longas e serrilhadas. Larguei fazendo um caminho, driblando os pés de chupe-chupe. Mas eram tantos...e as suas marcas (cortes) foram ficando, profundos, em minhas canelas (era verão e estava de bermuda). Cheguei junto à turma com as canelas completamente ensanguentadas...uma lástima. Mas estava VIVO. Não estaria, certamente, se tivesse me metido a Indiana Jones.
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