No Ancelmo Góis: Defensor da Lei Seca ("Vi muito acidente com jovens depois de noitadas de sexta e sábado"), Zeca Cerveja Pagodinho tem estimulado parentes e amigos a usarem táxi.
Mas, no caso dele, querido toda vida, tem pedido carona, acredite, nos pequenos deslocamentos. Veja só. Outro dia, Zeca andava a pé pela Barra, no Rio, onde mora, quando, ao primeiro sinal de chuva, pediu carona a uma... caminhonete de pet shop.
O moço do volante, surpreso com o carona ilustre, disse que precisava entregar o cãozinho de uma madame. Zeca, gaiato, se ofereceu: "Deixa que eu salto e entrego."
Dito e feito. O cantor desembarcou com o totó e o entregou à mulher, que não entendeu nada: "Zeca Pagodinho?! Você deu banho no meu cachorro?!"
Aliás...
Zeca não é o único artista bom de copo a apoiar a Lei Seca. Dudu Nobre foi parado 22 vezes em blitzes. "Quando fiz comercial de cerveja, então! Já ando até com um bico próprio para prender no bafômetro."
Ainda assim, o cantor não tem dúvida: "A Lei Seca é uma das coisas mais corretas. Todo mundo diz que o jeitinho brasileiro sempre ajuda o carioca a se livrar de uma blitz, mas, na Lei Seca, não tem isso. Funciona corretamente."
Mart’nália concorda. A cantora conta que decidiu não dirigir mais para poder beber à vontade. "Como faço shows à noite, sou sempre parada. Mas acho que a Lei Seca vale à pena. Eles têm de pegar pesado mesmo. Quem quer encher a cara deve pegar táxi, carona."
Que o diga Arlindo Cruz, outro sambista boa-praça: "Parei de dirigir para poder beber melhor", brinca. "Já fui parado várias vezes, mas não dirijo mais. Então, posso beber à vontade. Sou a favor da Lei Seca."
Elza Soares, que no passado gravou o samba "Eu bebo, sim" (Luiz Antônio/João do Violão), diz que não gravaria mais: "Hoje, eu cantaria: ‘Não bebo, não... Quem bebe está batendo e morrendo’." Não são fofos?
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