quinta-feira, 5 de julho de 2012

APAGA ESSA LUZ, Ô...

Um sócio do Jobi, templo da boemia carioca, é acusado de um crime hediondo. Terça, quando, na TV do boteco, passava uma cena sensual de Gabriela, na novela da Globo, ele foi lá e... desligou. Houve quem quisesse fazer um manifesto. Lembrei de um fato presenciado por mim, mas acontecido em Lages, onde vivi os melhores anos da minha sexagenária vida. Foi assim: Lá, a Delegacia Regional e a Dpcº, funcionavam no mesmo pátio. Na Regional, trabalhavam alguns acadêmicos de Direito e Medicina Veterinária. Na época, trabalhava também alguns “voluntários” contratados para o serviço burocrático pela sua experiência. Um deles era inimigo declarado de um funcionário concursado e um belo dia soube que naquela noite, seu desafeto convidara uma turma de amigos da Veterinária para verem na sua espaçosa sala, um filminho do Tom & Jerry de putaria. Pronto...a vingança seria “salamalígrina”. Depois do expeediente nem foi pra casa, como costumava fazer. Ficou de “campana”, não podia perder nenhum lance. E foram chegando, o “desafeto” e seus abonados amigos, em seus carrões. Deu um tempo pra que todos se acomodassem e telefonou: Para o Delegado Regional, homem bom barbaridade, mas que não toleraria tamanho ultraje à sua DRP. Teve tempo de contar tim-tim por tim-tim e em algumas partes botando mais “lenha na fogueira”. Em segundos, “soltando fogo pelo nariz” chegou o Delegado. Subiu as escadas quase que com uma pernada só e foi direto para a sala “cinematográfica” àquela altura às escuras, e acendendo as luzes, foi saudado por um coral indignado, “apaga essa luz, filho-da-puta”. dito sem ao menos os acadêmicos olharem para a porta: Diante de uma platéia compenetradíssima no filme que estava rolando, o Delegado foi logo dizendo com voz de autoridade: “tá todo mundo preso”. A cadeia foi pequena para abrigar tantos inquilinos aquela noite.

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