A pesca de 35 toneladas de tainha nos balneários Campo Bom e Dunas do Sul, em Jaguaruna, há um mês, foi um sopro de esperança para os pescadores artesanais da região. Contudo, a expectativa de uma boa safra não se confirmou. Aliás, esta é considerada a pior dos últimos cinco anos.
A safra da tainha iniciou em 15 de maio, se encerra em agosto e o balanço não é nada bom. “A safra está no fim e muitos pescadores já guardaram as redes de tainha e trocaram pelas de anchova. Os pescadores da região do Farol de Santa Marta estão pescando três, quatro toneladas de anchova por dia. Uma pesca muito melhor do que a de tainha”, afirma o presidente do Sindicato da Pesca de Laguna (Sindipesca), Gilberto Fernandes da Silva.
Dados da Federação de Pescadores de Santa Catarina apontam que neste ano a pesca artesanal pescou 210 toneladas de tainhas e a industrial, 669. Números abaixo, inclusive, do ano passado, quando a artesanal apreendeu 940 toneladas e a industrial, 3.046 toneladas. Entre os fatores apontados para o mau resultado estão a fiscalização e as condições climáticas. “Pedimos fiscalização, mas a Polícia Ambiental teve problemas com os equipamentos. Em 2007, quando tivemos a última grande safra, a fiscalização foi conjunta entre Ibama e Polícia Ambiental”, observa Gilberto.
Já o fator climático se deve às temperaturas mais elevadas da água do mar nos meses de maio e junho. Com isso, as tainhas não precisaram se deslocar muito para desovar.
Fonte: Notisul
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