terça-feira, 24 de maio de 2011

ME DÁ MINHA PERNA!!!

Há semanas, em visita à nossa city e sabedor que eu já saíra do hospital, o primo Aloísio dos Reis, professor na Universidade Univali de Itajaí, me visitou. A história que conto a seguir, realmente aconteceu, contei pra ele e por mais que ele diga que é verídica, os caras de lá não acreditam. Então, resolvi, eu mesmo, contar tim-tim por tim-tim, como tudo aconteceu:
Todo lagunense principalmente os “mais vividos” se lembra do Rio Branco. Um hotel do tipo popular, bem no centro da cidade, e que já nos últimos anos de existência, servia para encontros amorosos “enrustidos”. Neste tipo de clientela estava um amigo nosso, hoje casado e avô. Nosso amigo costumava levar para passar as tardes no bem-bom, garotas de programa dos tempos em que não se falava ainda em Aids. Pagava bem suas acompanhantes. Sua faminha de bom pagador corria de boca em boca na mulherada que fazia da “Rua da Praia”, como era conhecida a Rua Gustavo Richard, seu “local de trabalho”. Era, porisso mesmo, “famoso”, apesar de não ser boa pinta, nem ter uma cara bonita, muito pelo contrário. E pra piorar perdera uma das pernas num acidente. Pois bem, o cara levou uma garota pro abatedouro, como costumava dizer e não sei porque cargas d’água resolveu se portar diferente do que estava acostumado: não pagar à garota pelos “serviços prestados”. Apesar da “choradeira” dela de que tinha que comprar o leite para o filhinho...patati...patatá; ele de braços cruzados atrás da cabeça e soltando baforadas de um “Minister”, disse calma e pausadamente: Pagar??? Eu??? E se achando um Alain Delon, que era o modelo de homem bonito da época:
- Mulher que sai comigo é na base do amor....Ela, sentindo que ele não iria mesmo lhe pagar, pegou a perna mecânica que ele tirara “pra fazer amor”, deixando-a sobre uma antiga e fora de moda penteadeira, que numa época áurea, ostentara até um vistoso espelho.
– Seguinte cara, se não me pagar, levo a perna comigo. No Mané Pilão deve valer um bom dinheiro. E caminhou, resoluta e com a perna mecânica embaixo do braço, em direção à porta. Ele então se desesperou:
- PelamordeDeus mulher, me devolve a perna e pega aqui o teu dinheiro.......

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