terça-feira, 21 de agosto de 2012

O CADINHO

Cadinho, o personagem de Alexandre Borges em "Avenida Brasil", tem muito o que aprender com o sergipano Osmar Farias. Aos 62 anos, o locutor de rádio nascido em Nossa Senhora da Glória é PhD nas confusões do "galinha" da novela da Globo. Administra duas mulheres há mais de quatro décadas, chegou a namorar uma terceira por cinco anos, sem contar as puladas de cerca. Desde o início de agosto, os papéis se inverteram. Um dos entrevistados do documentário "Vou rifar meu coração", de Ana Rieper, que estreou no dia 3, o mais novo "galã de cinema" se gaba da repercussão do filme na pequena e sertaneja Monte Alegre (SE), onde vive. A preferida é Maria Aparecida, com que é casado há 45 anos e lhe deu dois dos seis filhos: Osmaílda e Osmaí. Com a segunda, Eliana, Osmar vive há 43 anos, e teve os outros quatro herdeiros, todos também batizados com o prefixo do patriarca, marca registrada da boa auto-estima: Osmaílson, Osmar Júnior, Osmaílsa e Osmaíse. "Eu morava perto dela [Maria Aparecida] no interior. Quando ia para a roça, todo dia passava na porta dela. E por aí começou o namoro. Eliana era professora, veio ensinar na minha cidade e como não tinha lugar para ficar, se hospedou lá em casa durante a semana. Aí comecei a namorar com ela dentro da minha casa. A reação foi grande. Aparecida reclamava, chorava, pedia de joelhos para não fazer isso. Até minha mãe pedia. Mas quando um homem vira a cabeça, não tem quem segure." Aqui em Laguna, era quase comum os endinheirados manterem duas casas,uma delas com uma”amante”, quase sempre bem mais nova que a titular, mais vaidosa, enfim....mais ”gastadeira”. Todos sabem daquele cidadão, casado com uma e vivendo maritalmente com a outra irmã. As duas, que moravam em bairros distantes, nem se olhavam. mas eu conheci em Lages o Tio Bila, de seus 80 anos de idade. Tio Bila gostava, que se enroscava, de comprar objetos de furto e porisso era sempre indiciado por receptação. Mas o veinho, além de ser gente boa barbaridade, ter 80 anos, fumava, tipo bicho, um cigarro marca diabo, sem filtro “desde os tempos de piá”, dizia ele. E Tio Bila, que de tanto ser chamado para ser indiciado por conta das comprinhas fora-da-lei, acabamos por nos afeiçoar a ele, e descobrimos que Tio Bila era casado, e tinha dezenove filhos. Sua cunhada, moça muito bonita passou a visitar os sobrinhos quase que diariamente e o Tio Bila ó! Cráu. Nasceram mais oito crianças. E “Tio Bila passou a viver, numa boa, com as duas irmãs, em casas diferentes mas no mesmo lote, criando com o que ganhava no bem sortido“ferro-velho”, as vinte e sete crianças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário