Inicialmente
descartada pela cúpula da CBF, a contratação de um técnico estrangeiro passou a
ser analisada – apesar de ainda não ser a opção mais forte. Além de quebrar a
escrita da seleção brasileira de ter treinadores nacionais, a chegada de um
profissional do exterior provavelmente mudaria a política salarial da entidade.
A CBF
costuma pagar menos para seus técnicos do que os principais clubes do país. Não
bastasse isso, os nomes mais desejados pelos torcedores que apoiam um
comandante estrangeiro ganham muito mais. Dinheiro, porém, não é problema:
basta José Maria Marin abrir o cofre e destinar parte do lucro da entidade que
preside para trazer um treinador de outro país.
De acordo
com a Pluri Consultoria, Pepe Guardiola, do Bayern de Munique, um dos preferidos
de parte da torcida brasileira, ganha R$ 51,7 milhões anuais. Mensalmente,
embolsa R$ 4,2 milhões. Mano Menezes, antecessor de Luiz Felipe Scolari, não
ganhava isso num ano. Ele recebia cerca de R$ 300 mil por mês, conforme o UOL Esporte apurou. O salário de
Felipão é mantido sob sigilo pela CBF. A entidade costuma pagar valores
inferiores ao de mercado para seus técnicos, sob a alegação de que após
treinarem a seleção brasileira eles conseguirão propostas para receber muito
mais.
Apesar de o
salário de Guardiola ser incompatível com o que a CBF costuma oferecer, a
quantia é bem inferior ao lucro obtido pela entidade. Em 2013, ele foi de R$
55,6 milhões. Ou seja, se tivesse que pagar a mesma quantia que o espanhol
ganha hoje, sobraria ainda R$ 3,9 milhões.
Meus filho Anderson e Piero antenados nas evoluções
do futebol e da necessidade do Brasil, preferem Guardiola
ou Mourinho. Eu também.
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