Quando a Ponte Anita Garibaldi foi projetada, o governo federal anunciou um investimento de R$ 590 milhões naquela que é a maior obra em andamento em Santa Catarina, mas os valores finais são maiores, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o órgão fiscalizador, a ponte vai custar R$ 622 milhões.
A prática de sobrep reço já era investigada pelo próprio TCU em 2012, quando a presidenta Dilma veio a Laguna para o início das obras da ponte. Na época, os cálculos do tribunal de contas federal já estimavam que R$ 34,8 milhões referentes à contratação de mão de obra e R$ 8,5 milhões da aquisição de areia comercial estavam além do normal e, portanto, haveria superfaturamento.
O tema voltou a chamar a atenção pelo fato da Camargo Corrêa, integrante do consórcio responsável pela construção da ponte, ser um das envolvidas na Operação Lava Jato. A empreiteira, segundo relatórios e auditorias do TCU, faz parte de um grupo de empresas cujos contratos tiveram um superfaturamento que chega a R$ 1,1 bilhão.
As notícias de envolvimento da Camargo Corrêa na Operação Lava Jato e o superfaturamento apontado pelo TCU não provocaram mudanças na rotina do canteiro de obras no Canal de Laranjeiras. Operários trabalham em ritmo acelerado em três turnos. O trecho estaiado nas duas torres no vão central, última etapa da obra, está quase finalizada e o cronograma de inauguração da ponte para maio de 2015 está mantido.
FONTE: DS
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