Ele visivelmente terminou a sua fala desejando Feliz Natal à nação, chorando, tão emocionado estava. Mas o presidente Lula quase me levou também às lágrimas. Viram? Acabei de ver pela televisão - A Globo transmite há 36 anos Roberto Carlos e esse ano era ao vivo de Copacabana -. Fã do cara, fiquei até o fim e vi ainda Paula Fernandes – não tinha visto ainda, mas que linda é a moça – Bruno e Marrone, este, fingindo que cantava, Exaltasamba – prefiro o Revelação- mas queria ver mesmo era a bateria da Beija Flor, um espetáculo, claro. Num show do Roberto Carlos, queria ver como ela se portava. Show. Roberto me levou numa viagem de mais de vinte anos até Lages, onde eu dava minhas cacetadas na tevê Planalto, apesar dessa carinha sem graça e a empresa bancou a vinda do Rei. Nós, funcionários, tivemos direito a camarote, com direito a levar quem quisesse. Como a “nega veia” tivesse dado à luz por aqueles dias, estando portanto de “resguardo”, levei então uma amiga e o filho mais velho, que deveria ter uns oito anos e era atento a tudo (mais do que devia e não deu outra: em casa contou tudinho à mãe, até detalhes que eu jurava de pés juntos ter feito sem ele ter visto. Aprendi uma lição pro resto da vida: Um filho é o maior puxa-saco da mãe, por mais que você lhe presentes como aquela bola oficial da Adidas, a chuteira “estofada” da Nike, igualzinha à do Roberto Dinamite...Não adianta, na hora agá, ele vai te entregar. Mas voltando ao espetáculo de hoje na TV, me arrepiei quando Roberto cantou: O côncavo e o convexo. Saudades.
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