quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
PAULINHO BAETA
Hoje,2 de dezembro, é o Dia Nacional do Samba, e justamente nesse dia,em que todos nós, afro-descendentes e brasileiros,deveríamos comemorar tão significativa data, estamos tristes. É que hoje serve também para lembrarmos o aniversário da morte do meu pai, o sempre-lembrado Paulinho Baeta, que na pia batismal recebeu o nome de PAULO TIBÚRCIO DOS REIS, mas foi como Paulinho Baeta que ficou conhecido, não só por ser exímio músico que dominava como poucos a difícil arte de tocar o pistom, mas pela não menos importante e difícil capacidade de angariar amigos. Estes, os tinha aos montes. Eu, até hoje, sou identificado como “o Dé do Paulinho Baeta”. Mas, por quê Baeta? Contava meu pai, que sua mãe, a avó Emília, costumava fazer para os filhos, roupas de um tecido muito resistente e o único existente à época capaz de suportar as peraltices diárias dos três moleques,Manoel, Antonio(Cacique) e Paulo. Como esse tecido era conhecido como “Baeta”, e os “moleques” do Morro do Rosário (onde o pai nasceu), usassem quase que exclusivamente, baeta, por ser barato e o único à época capaz de “agüentar o tranco”, o pai e os irmãos acabaram ficando conhecidos como os “Baetas”.E o mais novo dos três Baetas gerou uma prole de doze filhos, dos quais dez estão vivos, procurando seguir à risca seus ensinamentos de honestidade, lealdade, fraternidade e trabalho,muito trabalho e só assim se consegue subir na vida. Obrigado pai, por me dar à vida.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário