domingo, 13 de outubro de 2013

ASSIM CAMINHA LAGUNA

• Nas décadas de 80, 90 surgiram vários times de futebol de veteranos com idade mínima de 40 anos. No inicio todos respeitavam esse limite até que, para deixar os times mais fortes, começaram a admitir “jovens” até que a febre foi se esvaindo...até a completa extinção de todos. Os que duraram mais tempo foram o Baeta Futebol Laser, Gaiolão, 26 de Julho, Stravaganza da Polícia Militar, Real, Galo Velho da Barra . Eu era do Baeta, cuja fundação e escolha do nome deve-se a Osmar Silva, um marinheiro, já aposentado, muito ativo, e que encontrou assim uma forma de homenagear o Paulinho Baeta, seu grande amigo e coincidentemente, meu pai. O Baeta existiu por aproximadamente 15 anos. Foi mais de uma década de incontáveis porrões (na época eu bebia, e bem, como todos os jogadores, comissão técnica, diretoria, torcida.......enfim...como diria o lageano: ERA UM BEBER CONTÍNUO E DESIGUAL. Os jogos eram sempre disputados nos sábados à tarde e nas voltas dos prélios tinha ainda (só para os fortes) o Chalé e o Ferro Velho (onde sempre era possível encontrar uma pecinha em bom estado de conservação). Aí já era prá matar né....Imaginem as histórias vividas nestes 15 anos, todo sábado.....O Baeta era famoso não por ser um timaço, tínhamos realmente jogadores que se sobressaíam no trato com a bola, como o Juarez Fortes, um bancário (Besc) de mais de cinquenta anos, que quando iniciamos as conversações, estava se aposentando do Besc de Imbituba e vindo morar em Laguna. Juarez não só achou a ideia fantástica, como agilizou a vinda definitiva pra nossa cidade, trazendo toda a família, inclusive a filha Janaína, que nas festas do Baeta conheceu meu filho Anderson, casaram-se e são felizes para sempre, rogo a Deus. Mas de todas uma passagem vivida por nós, não me sai da cabeça. Nosso time era famoso pela “derrubada” de cerveja que fazíamos após os jogos e após o churrasquinho que todo time oferecia. Fomos jogar em Laranjeiras. Depois do jogo, reunimo-nos com o time deles e era só festa. Todos notaram que uma garota, lindíssima, não tirava os olhos do Marinho, Sargento da Polícia Militar, como ela, muito novo, mas já casado e respeitador. Mas Marinho era um cara bonitão e talvez o único que não era “barrigudo”. A “bandeira” da garota era tanta que Marinho foi ficando desnorteado e constrangido. Os caras de lá começaram a pegar no pé do pai da garota, um cara feio pra caramba mas muito divertido: Ê fulano, é hoje que o Sargento vai levar a tua filha pra Laguna....E ele, já possuído pela montoeira de cervejas ingerida:
 “Qué saber de uma coisa? Pois que leve....Carne que eu não como, aribú que coma!”





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