quarta-feira, 22 de maio de 2013

PONTE DE CABEÇUDA SEGUE FIRME E FORTE

Um email verdadeiro, mas com validade mais do que vencida, circula pela internet, redes sociais. No texto, um dos gestores da empresa Camargo Corrêa, líder no consórcio responsável pela construção da mega travessia do Canal de Laranjeiras, na BR-101, em Laguna, anuncia a saída do grupo da cidade.

Na verdade, o verbo deve ser lido no passado. E um passado de mais de ano e meio. Realmente, a empresa chegou a desmobilizar a sua linha de frente, mas isso foi quando não havia qualquer menção do governo federal em expedir a ordem de serviço.

Na própria cópia impressa do email, distribuído pela cidade sempre seguido da frase “não conta que fui eu que te passei”, existe a data que mais do que comprova tratar-se de algo interno da empresa e que se sabe lá como circula por aí.

Para finalizar: o tal email data de maio do ano passado, semanas antes da presidenta Dilma aterrissar em solo catarinense para entregar a ordem de serviço. A cerimônia ocorreu no dia 21 de maio de 2012.

Desde então, o consórcio Camargo Corrêa-Artepa/M.Martins/Construbase trabalho muitas vezes em três períodos para atender a própria meta fixada pelos seus gestores: finalizar a obra antes do fim do contrato, ou seja, em menos de dois anos e meio.

A propósito, até o momento (dados até o começo deste mês), o governo federal já pagou, em número arredondado, R$ 142 milhões dos R$ 597.190.345,20 previstos à construção da ponte no estilo estaiada sobre o Canal de Laranjeiras.
Deste valor total a ser investido, apenas 7% serão para acabamentos estéticos. O restante é para edificar os 2.815 metros de ponte sobre a Lagoa Santo Antônio dos Anjos.

A história das licenças ambientais

Desde a semana passada, ventila-se o seguinte: parte da obra de edificação da ponte para a transposição do Canal de Laranjeiras, na BR-101, em Laguna, não poderá ser feita porque o consórcio não tem as licenças ambientais.

Informação equivocada. As licenças estão, sim, expedidas. Caso não estivessem, a obra nem teria começado. Ao todo, são nove autorizações ambientais para a obra. As primeiras três são de responsabilidade da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama).

São referentes à construção do imenso canteiro de obras. As outras três licenças são para a dragagem do canal para a passagem das balsas, de responsabilidade da gerência da Fatma em Tubarão.

Por último, são outras três licenças ambientais para a construção da ponte propriamente dita. Esta parte ficou com o Ibama.

Ah, mas em nenhum dos casos o consórcio tem a Licença Ambiental de Operação (LAO). Não tem e nem poderia. Este documento é emitido somente após a obra pronta.

Serve para atestar que todas as condicionantes previstas na LAI foram cumpridas. E não tem como atestar nada se não tem obra. Por isso, à medida que os trabalhos evoluem, os órgãos ambientais promovem uma série de fiscalizações.

FONTE: NOTISUL

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